História do Ensino do Desenho

O desenho esteve sempre presente desde a criação da Escola Industrial. A importância desta disciplina prendia-se com o facto de se o aluno não conseguisse ser perfeito na execução dos desenhos, teria deles um conhecimento na compreensão da linguagem gráfica. Com isto quer-se dizer que o objetivo não era fazer dos alunos desenhadores, mas sim fazer com que eles estudassem a linguagem das formas e das cores. O seu ensino compreendia a execução com auxílio de instrumentos de precisão - o desenho rigoroso, e a execução de mão livre - o desenho à vista.

De 1852 a 1864 a cadeira de desenho era obrigatória em todos os cursos e dava-se relevância ao desenho linear e de ornatos industriais e ao deseho de modelos de máquinas. A partir de 1864, para além das áreas incluidas anteriormente, inclui-se o desenho arquitetónico e o levantamento topográfico.

Os programas de 1886 são idênticos mas reduzem o ensino do desenho a dois anos e relacionam-no com os de ensino de matemática e com a resolução prática dos problemas lá mencionados.

O programa de 1872 dividiu o desenho em quatro partes, que englobava aplicações de geometria no espaço, exercícios de penetração e interseção de sólidos, noções de arquitetura, desenho de orgãos de máquinas e elementos de desenho topográfico.

Em 1895 o ensino do desenho foi dividido em cinco anos, integrando-se novamente a geometria de forma extensa. A partir da segunda década do século XX, todos os temas se juntam numa só cadeira denominada apenas Desenho Técnico.

Actualmente as licenciaturas de Engenharia Geotécnica e Geoambiente, Engenharia Mecânica, Engenharia Civil, Engenharia de Computação e Instrumentação Médica e Engenharia de Instrumentação e Metrologia têm uma cadeira de desenho no seu plano de estudos.

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